O ritmo impressionante com que a tecnologia.

Avançou ultimamente parece ser especialmente visível em áreas onde a Inteligência Artificial já está impactando a impactar nosso dia a dia profissional. As iniciais “IA” são onipresentes nas notícias de tecnologia, saúde e finanças (especialmente com manchetes alarmantes e fotos ao estilo *Terminator*). Mas quão verdadeiras são essas manchetes e de que maneiras a IA pode realmente impactar campos como o marketing criativo e o segmento correspondente de saúde, ambos considerados áreas altamente exclusivas para humanos?

Bem, o futuro é sempre uma questão aberta, mas uma boa maneira de começar a responder isso é definir o que exatamente o termo IA significa: Inteligência Artificial não é realmente algo místico, impenetrável e inerentemente perigoso como às vezes é retratado. De forma simples, um sistema de IA é qualquer sistema que não é projetado para resolver um problema de maneira explícita/específica, mas, em vez disso, para analisar uma enorme coleção de dados e, com base nas relações matemáticas que identifica, encontrar uma solução ideal (ou ‘modelo’, no jargão da IA) para esse problema. Obviamente, na prática, isso envolve muito mais trabalho, matemática e ética do que isso, mas é exatamente o que qualquer sistema de IA é projetado para fazer: analisar dados e encontrar padrões que podem, posteriormente, gerar ‘soluções’.

E é exatamente por isso que qualquer segmento pode se beneficiar dos avanços da IA: agora temos mais informações de alta qualidade do que nunca. E vemos os resultados todos os dias: novas soluções de IA sendo desenvolvidas e refinadas em todos os segmentos possíveis, gerando resultados impressionantes.

Uma dessas soluções, que conquistou o mundo, é o gerador de imagens por IA criado pela OpenAI, chamado DALL-E 2 (o nome é uma mistura inteligente de *Wall-E* da Pixar e Salvador Dalí). Este sistema é capaz de gerar imagens com base apenas em uma descrição textual do que o usuário deseja ver. Cada imagem é única e nunca existiu antes do processo de geração. Esse processo leva menos de 5 segundos por imagem, e a qualidade dos resultados fala por si só. O que anteriormente levaria horas — ou até dias — para um artista/designer especializado criar, agora pode ser gerado em menos de um minuto.

Isso certamente tornará a criatividade humana inútil, certo? Bem, não exatamente. Com cada avanço na tecnologia, o medo de se tornar obsoleto é compreensível, mas na maioria das vezes isso não apenas se prova errado, como também nos aponta na direção oposta do que realmente acontece: o Photoshop não acabou com a fotografia, a Netflix não acabou com Hollywood e, certamente, o DALL-E (ou qualquer outra ferramenta de IA) não acabará com a criatividade humana. Na verdade, essas ferramentas até melhoram os resultados finais e facilitam nosso trabalho manual, permitindo que nós, criativos, pensemos no que realmente faz a diferença em nosso trabalho: ideias significativas aplicadas em uma comunicação clara e assertiva.